30 de abril de 2008

reminiscências da pipoca

aula de física, professor que tinha uma pinta peluda gigante no braço. meninos do fundão, no meio da aula:
"riiiita, não griiita, porque assim você me irriiiitaaaa!!!!!"
resultado: meninos do fundão e rita passando a aula de física no páteo...

27 de abril de 2008

ídolos da pipoca

Vista cansada

Otto Lara Resende


Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.


Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992.

24 de abril de 2008

desgostos da pipoca

acordar cedo é um porre!!!

divagações da pipoca

sabe, eu tava pensando uma coisa: às vezes sou sincera demais com todo mundo. sem exceções. se alguém me perguntar se tá gorda, se a roupa é feia, se tá sendo chato ou ridículo, respondo a verdade sem pestanejar. eu já até apanhei de um desconhecido no elevador (aliás, tenho alguma coisa com elevadores, tudo acontece comigo no bendito elevador!). e eu adoro quando alguém é sincero comigo. às vezes machuca, mas aí é que está a graça do negócio. a troca de opiniões é construtiva. porém, como nada é perfeito nessa vida, algumas pessoas se magoam com minha tão sincera sinceridade. bem, meminos e meninas, meus amigos queridos, peço desculpas se magoei alguém com minhas palavras, mas, infelizmente, não posso fazer nada. eu falo mesmo. e vocês podem, ou melhor, devem ser sinceros comigo também. sou sincera. e imperfeita. afinal de contas, quem não é?

que me desculpem os homônimos, mas...

pau no leverson!
(créditos: titico)

23 de abril de 2008

22 de abril de 2008

don't you just love this picture?

creating nature

gilles clement
was born in argenton-sur-creuse in indre, france in 1943.
he is a gardener, landscape designer, botanist and writer.
he was trained at the prestigious versailles national school
of landscape architecture. he has created numerous parks,
gardens, and public spaces in france and abroad.
his philosophical approach to designing nature is captured
in vivid detail by the book's images and texts.


the gardens of l'arche à la défense' 1991-1998 (paris, france)


parc andré-citroën' 1986-1998 (paris, france)


parc andré-citroën' 1986-1998 (paris, france)


gardens of domaine du rayol' 1989-94 (var, france)


gardens of domaine du rayol' 1989-94 (var, france)




19 de abril de 2008

sonhando acordado

pesquisadores da universidade de stanford estão desenvolvendo um software que auxiliará as pessoas a terem consciência de que estão sonhando e, assim, poderem viver suas fantasias durante os primeiros momentos do estágio de sono rem.

para os sonhadores lúcidos, dormir pode ser melhor do que viver na realidade. o instituto de lucidez (lucidity institute) da universidade de stanford está tornando esta tecnologia possível e, algum dia, todas as pessoas poderão realizar suas fantasias dormindo. os "oneironautas" (ou sonhadores lúcidos) estão conscientes quando têm um sonho e podem controlar o andamento de seus próprios sonhos. durante os sonhos lúcidos, o sonhador está consciente dentro de seu próprio sonho e, às vezes, pode direcionar os acontecimentos.

com um pouco de prática e sem ter que tirar a cabeça do travesseiro, o sonhador pode voar, visitar lugares exóticos, ver imagens em cores mais vivas ou tomar sorvete até não poder mais. o fato de se estar acordado durante um sonho pode parecer uma contradição, mas para aqueles que estão envolvidos na pesquisa dos sonhos lúcidos é tudo muito claro.

"sonhar lucidamente permite que usemos o estágio de sono pelo qual passamos todas as noites e tenhamos uma realidade estimulante", explica o dr. stephen labergue, fundador do instituto da lucidez (lucidity institute), da universidade de stanford. o laboratório de pesquisa ensina pessoas a terem sonhos lúcidos.

os budistas tibetanos, por exemplo, se utilizam dos sonhos conscientes há mais mil anos, e devotam anos à prática da meditação, que ajuda a melhorar a técnica. para nós, que não somos budistas tibetanos, aprender a controlar um sonho é como aprender a tocar piano – alguns têm mais facilidade do que outros. "mas a experiência é muito mais fácil do que há 20 anos, quando não tínhamos nenhuma técnica", laberge conta.

labergue conta que a experiência de se ter controle sobre os sonhos pode ser usada com fins terapêuticos. segundo ele, há grandes chances dos sonhadores superarem problemas com pesadelos recorrentes. pode até ajudar uma pessoa a melhorar nos esportes, aumentar a auto-confiança e a confrontar problemas evitados na vida desperta.

"explorando o mundo dos sonhos lúcidos" (exploring the world of lucid dreaming), livro escrito a quatro mãos por laberge e howard rheingold, é um dos muitos que ajudam aspirantes a iniciarem suas experiências bio-virtuais. o instituto da lucidez oferece grande variedade de ferramentas para aqueles que desejam controlar seu subconsciente (o "kit" inclui uma cópia do livro de laberge).
esse "kit" recomenda a leitura de alguns capítulos antes do início da experiência. o livro pede que o sonhador aprenda a reconhecer "sinais de sonhos", ou seja, os sinais que aparecem em sonhos para alertar a pessoa de que ela está entrando em um estado alterado da consciência. o super nova do sonhador inclui uma máscara que segue os movimentos dos olhos, para reconhecer quando o estágio "rapid eyes movement" (rem) começou e também para determinar quanto tempo uma pessoa leva para começar a dormir.

dependendo da maneira como o super nova do sonhador é configurado (uma determinação feita parcialmente baseada se o usuário tem sono leve ou pesado), ele emite uma série de luzes vermelhas aos olhos do sonhador (que, espera-se, estejam fechados), fornecendo outro sinal de que o sonho já começou e de que este é o momento certo para se fazer o que quiser dentro do sonho.

http://www.lucidity.com/

humanóides

ernesto neto, 2001

me, myself and...

...ritzvah, ritler, ritchkock, ritavina, ritola, tita, ritutuquinha, ritíssima... e por aí vai...
muitas vidas para administrar!

16 de abril de 2008

eu quero...

um fluff pink!

o quase

ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
é o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou.
basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
pergunto-me, ás vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto.a resposta eu sei de cor, está estampada na distancia e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “bom dia” quase que sussurrados.
sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
a paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são.
se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.o nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia á duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.de nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque embora quem quase morre está vivo, quem quase vive já morreu.

veríssimo

14 de abril de 2008

catarse

"numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, gregório samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos.

que me aconteceu ? - pensou. não era nenhum sonho. o quarto, um vulgar quarto humano, apenas bastante acanhado, ali estava, como de costume, entre as quatro paredes que lhe eram familiares. por cima da mesa, onde estava deitado, desembrulhada e em completa desordem, uma série de amostras de roupas: samsa era caixeiro-viajante, estava pendurada a fotografia que recentemente recortara de uma revista ilustrada e colocara numa bonita moldura dourada.

mostrava uma senhora, de chapéu e estola de peles, rigidamente sentada, a estender ao espectador um enorme regalo de peles, onde o antebraço sumia!

gregório desviou então a vista para a janela e deu com o céu nublado - ouviam-se os pingos de chuva a baterem na calha da janela e isso o fez sentir-se bastante melancólico. não seria melhor dormir um pouco e esquecer todo este delírio? - cogitou. mas era impossível, estava habituado a dormir para o lado direito e, na presente situação, não podia virar-se. por mais que se esforçasse por inclinar o corpo para a direita, tornava sempre a rebolar, ficando de costas. tentou, pelo menos, cem vezes, fechando os olhos, para evitar ver as pernas a debaterem-se, e só desistiu quando começou a sentir no flanco uma ligeira dor entorpecida que nunca antes experimentara."

(kafka)

13 de abril de 2008

for working

the hub é um novo conceito em espaços corporativos. um escritório compartilhado, onde a convivência entre várias "tribos" é o foco. "trabalhar em redes" é o objetivo do the hub.


propaganda no site the hub são paulo:

"Se você?

  • está iniciando um projeto…
  • já está com um projeto a todo vapor…
  • é um “free-lancer”…
  • trabalha sozinho (a) em casa…
  • trabalha em um escritório compartilhado…
  • trabalha em uma organização com escritório, mas gostaria de trabalhar algumas horas por semana num ambiente mais criativo…
  • precisa de um lugar para fazer sessões de coaching…
  • quer um ambiente especial para uma apresentação, workshop ou evento social…
  • procura um espaço para reunir-se com sua rede…

O Hub pode ser interessante para você! Este espaço já existe em Londres, Bristol, Johannesburg e está sendo criado em São Paulo e Bombaim."

detalhes: http://hubsp.wordpress.com/

for sitting


"her" chairs, 2008-fabio novembre

10 de abril de 2008

twitter vegetal


"Quando a rede social de micro-blogging Twitter surgiu, a idéia era questionar os seus membros o que eles estavam fazendo naquele momento. Com apenas 140 caracteres, tinha-se que responder à pergunta: “what are you doing?”. Princípio bem parecido com as mensagens de textos de celulares.
Hoje, não são só os humanos que acessam o site para falar o que estão fazendo, ou até como estão se sentindo.
As plantas invadiram a web.
A Botanicalls Twitter é um kit “do it yourself” (ou faça você mesmo, em tradução livre) para conectar a sua planta à rede social. Dessa maneira, quando a sua plantinha ficar com sede, ela te mandará mensagens pelo Twitter para que você saiba como ela está se sentindo! E, se você regá-la, prepare-se para uma mensagem de agradecimento.
A engenhoca foi desenvolvida utilizando o sistema Botanicalls (ou, em péssima tradução, “botaniligações”), que permite com que as plantas liguem para seus donos para passar informações sobre o que elas precisam. E se se seguir a via contrária, ou seja, o dono ligar para a planta, o sistema passa todas as características de como o vegetal está.
Depois dessa, não tem como você esquecer daquela planta no canto da sala..."
(superinteressante online)


detalhes:
http://www.botanicalls.com/twitter/ : o site ensina todos os passos para que você consiga, literalmente, conversar com sua plantinha.

8 de abril de 2008

pérolas da pipoca vol.2

"...informações desencontradas, depositadas em realidades paralelas, que nunca se acharão para resultarem em um raciocínio lógico..."
(essa até eu achei coisa de maluco!)

pérolas da pipoca

"...se existissem emos naquela época, álvares de azevedo seria um deles."

ah, nós, mulheres,,,


imagem by: http://depositodocalvin.blogspot.com/

7 de abril de 2008

adote um coelho

estava eu passeando no shopping hoje, minding my own business, quando vejo um coelho fofo na vitrine de uma loja. tinha umas luzinhas, que ficavam piscando sem parar. no corpo tava escrito o nome de um site - www.adoteumcoelho.com.br. descobri que o bendito do coelho é tipo um tamagochi dos tempos modernos! o bichinho é despertador, rádio, mp3 player e algumas outras coisas. você pode até casar o seu coelho com outro, e fazer eles mexerem as orelhinhas ao mesmo tempo!
quer adotar um? é só entrar no site e comprar por U$ 189.00.

sinto falta...

... da época que, só porque eram altos, grandes e velhos, eles sabiam tudo...

4 de abril de 2008

descobri uma coisa hoje

descobri que não gosto do anoitecer. o dia é lindo, a noite é fantástica e o amanhecer, sensacional. mas o anoitecer não me atrai...

alguém me responde vol.2

por que é que as pessoas têm mania de falar "tcha-tchau" no telefone? qual é o problema do bom, velho e simples "tchau"?

1 de abril de 2008

esquisiiiito...

minha massagista fumava cipó de chuchu.